sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Lição 2 - Geografia - Cartografia II - Escala e Projeções

Projeções cartográficas
A melhor maneira de representar a Terra como um todo é por meio de um globo. Mas para conhecer melhor a superfície do planeta são necessários mapas planos. No entanto, converter um corpo esférico como a Terra numa figura de superfície plana não pode ser feito sem deformar sua representação. Os cartógrafos desenvolveram vários métodos chamados projeções cartográficas, ou seja, maneiras de representar um corpo esférico sobre uma superfície plana.
Porém, toda projeção resulta em deformações e incorreções. Em cada projeção há concessões: para representar corretamente uma característica, outras são distorcidas. As deformações podem acontecer em relação às distâncias, às áreas ou aos ângulos. Conforme o sistema de projeção utilizado, as maiores alterações da representação localizam-se em uma ou outra parte do globo: nas regiões polares, nas equatoriais ou nas latitudes médias. O cartógrafo define qual é a projeção que vai atender aos objetivos do mapa.

* Tipos de projeções
Como as deformações são inevitáveis, cada tipo de projeção é classificado de acordo com a característica que permanece correta. Assim, as chamadas projeções eqüidistantes mantêm as distâncias corretas; as projeções "conformes" são as que mantêm a igualdade dos ângulos e das formas dos continentes; e as equivalentes mostram corretamente a distância e a proporção entre as áreas.

Existem três principais tipos de projeção:
Cilíndricas: uma das mais utilizadas é a de Mercator (1512-1594), com uma visão do planeta centrada na Europa. Outro exemplo é a do cartógrafo contemporâneo Arno Peters, que divulgou em 1973 uma projeção que reflete corretamente as dimensões das áreas dos continentes.
Cônicas: são mais usadas para representar as latitudes médias, pois apenas as áreas próximas ao Equador aparecem retas.
Azimutais: também chamadas planas ou zenitais, têm um ponto de vista central, mas deformam áreas distantes desse ponto. São as preferidas para representar as áreas polares.








Planisfério de Mercator: amplia o tamanho dos países perto dos pólos, mas mantém as formas e é muito usado em navegaçãoPlanisfério de Peters: distorce as formas, mas mantém a correspondência das áreas









Projeção azimutal ou plana

Projeção cônica


Escalas
Escala é o nome que se dá à relação entre as dimensões reais da área na superfície terrestre e sua representação no mapa. Em todos os mapas corretamente representados podemos encontrar essa medida, expressa graficamente ou em números.

Quando uma representação não apresenta escala
e as distâncias são apenas aproximadas,
costuma-se chamá-la de croqui.

Cada centímetro da escala representa 10 km na realidade
A escala numérica pode ser representada por uma fração ordinária (por exemplo, 1/500.000) ou por uma razão, como 1:500.000. Essa escala significa que cada centímetro no mapa representa 500.000 centímetros (ou seja, 5 km) no terreno.
A escala gráfica aparece nos mapas como uma linha reta dividida em partes iguais, como no exemplo:



Há mais detalhes em escalas maiores



* Escalas maiores e menores
Quanto maior for o denominador, menor será a escala. Imagine que a relação seja a mesma de fatiar uma pizza, cortada em oito ou em oitenta pedaços. Quanto menor for o número de fatias, maior será cada uma delas. Com as escalas dos mapas acontece o mesmo. Uma área representada na escala 1:500 foi reduzida 500 vezes para caber no papel. Outra área, na escala 1:500.000, foi reduzida 500 mil vezes. Portanto, a escala 1:500 é maior. E quanto maior for a escala, maior será o detalhamento da área representada.